Marcas do PT: aparelhamento do Estado e inchaço da máquina pública
Pode-se dizer que a década petista à frente do governo federal deixou como um de suas principais marcas o aparelhamento do Estado e o inchaço da máquina pública.

Brasília – Pode-se dizer que a década petista à frente do governo federal deixou como um de suas principais marcas o aparelhamento do Estado e o inchaço da máquina pública.
Na tentativa de atrair mais aliados para sua campanha à reeleição, a presidente Dilma Rousseff poderá criar em 2013 mais dois novos ministérios, fechando em 40 o número de ministros do governo.
O Brasil possui atualmente 38 ministérios, levando-se em conta as nove secretárias e seis órgãos que operam com esse status. Para se ter uma ideia, a Argentina tem 16, o Chile, 22, e a Alemanha, quarta maior economia do mundo, 16.
Segundo levantamento do jornal O Globo, o contingente de servidores em 2012 passou de 809,9 mil para 984,3 mil.
Já os gastos com a folha de pessoal, que consumiam R$ 59,5 bilhões em 2002 (ou R$ 115,9 bilhões), chegaram a R$ 154,5 bilhões em agosto do ano passado.
O vertiginoso crescimento do número de ministérios, para acomodar novos partidos da base governista, sindicatos e movimentos sociais, teve início no primeiro governo de Lula, que ao tomar posse fez o número de ministéros pular de 26 para 34.
Outro grande problema que acompanha o inchaço nos quadros públicos é o aparelhamento do Estado.
Em novembro de 2012, o governo do PT conseguiu aprovar no Congresso a criação de mais 90 cargos comissionados ligados à Presidência da República.
Isso poucos dias após a deflagração da Operação Porto Seguro, que indiciou dez servidores públicos do alto escalão federal.
O exemplo, replicado diversas vezes ao longo da administração petista, é inoportuno uma vez que governo federal não segue critérios profissionais e de capacitação para preencher os cargos em comissão, optando por promover o aparelhamento partidário da administração federal.
O risco de tal atitude é o comprometimento das contas públicas em um momento de crise econômica, descontrole nos gastos e baixo investimento em áreas estratégicas, como infraestrutura, energia e combustíveis.