Instituto FHC abre com R$ 10 mi
Viabilizado em menos de dois anos com doações de grandes empresários, o Instituto Fernando Henrique Cardoso será inaugurado neste sábado com um acervo de mais de 10 mil livros e um caixa de cerca de R$ 10 milhões.
Desde que deixou a Presidência da República, em janeiro de 2003, FHC tem se dedicado à criação da entidade. No ano passado, chegou a promover um jantar para arrecadar verba para a ONG. Participaram Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, Lázaro Brandão, do Bradesco, e Olavo Setubal, do Itaú, entre outros.
Fazem parte do acervo do instituto papéis e obras acumulados durante a carreira política e acadêmica do ex-presidente, além de livros seus e de sua mulher, Ruth Cardoso.
Entre os documentos estão gravações e anotações feitas por FHC durante os oito anos em que ficou no poder. É o registro dos bastidores do governo tucano, que já foi motivo de brincadeiras do ex-presidente com amigos sobre a conveniência de torná-los públicos.
O instituto, que funcionará inicialmente com os rendimentos das aplicações do dinheiro arrecadado por FHC, fica em um antigo prédio do centro de São Paulo, onde funcionava o Automóvel Clube. São 1.000 m2, incluindo biblioteca e auditório, que devem consumir cerca de R$ 150 mil mensais.
À inauguração, que será num hotel cinco estrelas da cidade, devem comparecer o ex-presidente norte-americano Bill Clinton e os ex-primeiros-ministros português e francês António Guterres e Lionel Jospin, respectivamente. A data do evento levou em consideração a agenda de Clinton.