Falência das agências reguladoras
Um dos efeitos mais danosos dos 10 anos de gestão petista – e que mais demonstram a mistura entre o público e privado – se deu nas agências reguladoras. Concebidas como ferramentas de Estado para impulsionar a atividade econômica e proporcionar serviços de maior qualidade aos cidadãos, essas agências se transformaram nos governos do PT em verdadeiros cabides de emprego de apadrinhados políticos.
Brasília – Um dos efeitos mais danosos dos 10 anos de gestão petista – e que mais demonstram a mistura entre o público e privado – se deu nas agências reguladoras. Concebidas como ferramentas de Estado para impulsionar a atividade econômica e proporcionar serviços de maior qualidade aos cidadãos, essas agências se transformaram nos governos do PT em verdadeiros cabides de emprego de apadrinhados políticos.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) converteu-se, sob o comando petista, em uma verdadeira sucursal do PCdoB, partido aliado histórico do PT. Enquanto isso, as intervenções sucessivas na Petrobras provocaram prejuízos na empresa e nunca chegaram a assegurar a prometida autossuficiência na produção de petróleo no país.
A falta de fiscalização das agências reguladoras atinge outros setores e foi sentido na pele pelos brasileiros em 2007, quando o país enfrentou o caos aéreo.
Na área de telefonia, a situação não é diferente. As operadoras de celular são os principais alvos de reclamações dos consumidores e o governo pouco faz para alterar essa realidade.
Muitas dessas agências acabaram ganhando o noticiário nacional não pelos seus serviços prestados ao país, mas em razão de denúncias de corrupção e favorecimentos.
Este foi o caso recentemente das Agências Nacionais de Aviação Civil (Anac) e de Águas (ANA), onde a Polícia Federal desbaratou com a Operação Porto Seguro uma quadrilha que vendia pareceres.
Uma investigação, aliás, que chegou ao coração do governo petista diante da comprovação do envolvimento de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, cargo que ocupava desde os tempos do governo Lula.