Deputado Izalci critica nomeação de Wagner para segundo escalão no governo da Bahia
O PT encontrou uma “boquinha” para o braço-direito da ex-presidente Dilma Rousseff. Após 5 meses fora do cargo de ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner vai ocupar um cargo no segundo escalão do governo do seu sucessor na Bahia, o petista Rui Costa. De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira (23), o ex-governador vai comandar, a partir de novembro, a Fundação Luís Eduardo Magalhães, instituição sem fins lucrativos destinada a fomentar políticas públicas e ações de qualificação de servidores.
A nomeação foi confirmada pelo governador Rui Costa, ex-secretário da Casa Civil no segundo governo de Dilma Rousseff, e criticada pelo deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF). “Eles vão ter muita dificuldade agora para poder encaixar todos os companheiros. Já que perderam a ‘boquinha’ do governo federal, vão ter que correr atrás dos prefeitos e governadores do partido, não conseguem viver sem isso. Como acabou a ‘boquinha’ federal, o jeito é achar uma outra forma de continuar mamando nas tetas do governo e procurar em seus estados. Eles têm essa característica de aparelhar o governo. É o uso político da máquina pública”, avaliou o parlamentar.
Para o tucano, a nomeação do ex-ministro vai de encontro à nova Lei de Responsabilidade das Estatais (Lei nº 13.303/2016) já em vigor no país, que proíbe a nomeação de dirigentes partidários e políticos para o comando de empresas estatais ou de seus conselhos. “O critério deveria ser técnico como foi aprovado e sancionado, estamos, inclusive, para aprovar um projeto de lei sobre os fundos de pensão na mesma linha de privilegiar a competência e a formação técnica e não a questão de indicação política. É isso que levou ao Brasil a essa situação, indicaram pessoas politicamente com a incumbência de saquear os cofres públicos, travestidos de doação de campanha.”
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