Cyro: recorde de impostos é legado de Dilma para a economia

Senador comentou o Impostômetro, que atingiu R$ 1 trilhão nesta terça-feira, 15 dias mais rápido do que em 2013

Acompanhe - 12/08/2014

Cyro Miranda Foto George Gianni PSDBBrasília – A arrecadação excessiva de impostos – sem a contrapartida em serviços de qualidade para a população – será um dos principais legados negativos da presidente Dilma Rousseff ao seu sucessor, ao lado da alta da inflação e do crescimento baixo do PIB.

A avaliação é do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), que comentou o fato de o ‘Impostômetro’, medidor de tributos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ter alcançado a marca de R$ 1 trilhão nesta terça-feira (12). O montante foi registrado 15 dias mais cedo do que o verificado no ano passado.

“Esses números testemunham que a maneira como os impostos são cobrados aqui no Brasil está errada. Afinal, esse governo cada vez arrecada mais e faz menos para a população. A tributação é excessiva e não reverte em boas escolas, hospitais e outros serviços de interesse social. Na verdade, os brasileiros trabalham para custear os equívocos do governo do PT. A confusão tributária será parte da herança negativa que Dilma Rousseff deixará, ao lado do inflação em alta e do PIB em baixa”, declarou o parlamentar.

Para o tucano, o descompasso que há no Brasil entre impostos e serviços se agravou durante os 12 anos do PT na Presidência da República – fruto, entre outros fatores, do aparelhamento promovido pelo partido de Dilma Rousseff na administração federal.

“Almoço grátis”
Cyro citou uma frase clássica dos estudos da economia – “não há almoço grátis” – para explicar as consequências da alta arrecadação de impostos para a estrutura nacional.

“Se o empresariado é obrigado a pagar impostos mais caros, ele repassa isso à população nos preços. Alguém paga a conta. Então a inflação acaba se reforçando, agindo como um dos efeitos desse processo”, destacou.

Para o senador, o problema atinge os cidadãos de todas as faixas de renda: “Os mais pobres sofrem por terem seu poder de compra reduzido. E os mais ricos, embora disponham de mais possibilidades de cuidar de suas finanças, também são afetados, e com isso deixam de comprar, o que facilita a formação de uma recessão”.

Organização
O senador lembrou que o candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, tem na questão da simplificação do sistema de impostos uma de suas prioridades. A proposta do candidato é coordenar, logo nos primeiros meses de mandato, um esforço de organização da base tributária.

“Aécio toca em um ponto vital. O Brasil precisa de uma reforma no setor. O custo Brasil – representado, em grande parte, pelos impostos altos – tira a nossa competitividade e afasta muitos empreendedores da formalidade. Sem essa arrumação, o Brasil não conseguirá se equilibrar”, declarou.

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12/08/2014