Cassação da chapa Dilma-Temer termina em 2017, por isso oposição defende impeachment
Parlamentares do PSDB e ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) têm demonstrado preocupação com o ritmo da tramitação das ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, na Justiça Eleitoral. A previsão é que os processos se encerrem somente em 2017. Diante da complexidade das ações, parlamentares tucanos defendem que o impeachment é a via mais rápida para tirar a petista do poder.
Apesar de muitos serem favoráveis à cassação da chapa, o que poderia resultar em novas eleições, a avaliação dos tucanos é que o país não pode ficar à espera da decisão do TSE – por isso a aprovação do impeachment se faz necessária para o país sair da crise em que está mergulhado.
Partidos e políticos têm defendido também novas eleições para por fim à crise política brasileira. No entanto, a ideia enfrenta resistências de ministros do TSE, que alegam dificuldades em viabilizar o pleito, além de possíveis entraves financeiros para o processo.
Para o deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP), que é membro da Comissão Especial do Impeachment, o Brasil não pode esperar mais tempo pelo afastamento de Dilma.
“Diante da crise política, ética e moral que o país vive, a oposição está atuando em todas as frentes possíveis para que se possa ter uma mudança imediata de governo. A que tem se mostrado mais rápida é a do impeachment. Além disso, o próprio TSE disse que só vai julgar a ação em 2017. Portanto, esperamos aprovar na Câmara dos Deputados a autorização para que o Senado Federal possa processar e julgar a presidente da República pelos crimes que ela cometeu.”
O tucano rebate os argumentos de que o impeachment é tentativa de golpe. Bruno Covas lembra que o PT já apresentou diversos pedidos de impedimento de presidentes no passado, e ressalta que o processo tem previsão constitucional.
“O PT e seus partidos satélites se apoiam hoje apenas na questão de que o impeachment é um golpe. Entretanto, eles se esquecem que propuseram o impeachment de outros presidentes e que o impedimento tem previsão constitucional. Nós temos certeza que nosso pedido de impeachment que vamos aprovar tem respaldo legal e constitucional.”
